quarta-feira, 29 de julho de 2015

Por as mãos na jaca!

Há uns dias falávamos de como as incursões pelo desconhecido das ruas nos podem trazer novos cheiros e sabores. Ora, foi numa destas experiências que "conheci" a jaca. Trata-se de um fruto que não existe em Portugal e que, no caso do Rio, é comum vermos mais na altura do Verão (daqui). Não sei se existem ou não mais tipos, mas conheço a jaca "dura" e a mole. Não gosto da mole, mas, para mim, a dura é uma delícia: quer ao nível do sabor, quer do odor que liberta.
Contudo, se se comprar uma jaca inteira (é um verdadeiro "bicho", semelhante a abóboras de médio porte), temos de pensar que será necessário "amanhá-la". Mais simples e bastante comum - se não se quiser ter o trabalho - é comprar já "limpa". Um dia resolvi fazer o teste de a limpar e posso dizer que sobrevivi!
Dado que a fruta é muito pegajosa, há que ter alguns cuidados. Eu optei por usar luvas que tinha em casa e untei-as com azeite, para não grudarem - isto depois de cortar o "rabo" da fruta.
Untar as mãos ou usar luvas - mas untar sempre com azeite ou óleo.
Cortar o "rabo" e depois abrir a jaca com uma faca.
Abrir a jaca ao meio com a ajuda de uma faca, também ela bem untada.
Começar a desgrudar os vários pedaços: os que interessam e os que não.
Os pedaços separados para a bacia verde são os comestíveis. A fruta possui um caroço.
Trabalho concluído!
Há quem utilize a jaca cozinhada em subsituição de frango, por exemplo. Há também a possibilidade de se fazer compota (geleia), mas nunca tentei.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Frutas, legumes e experiências várias.

Quem me conhece sabe o quanto gosto de experimentar espaços e comidas novas.
Lembro-me de ter chegado ao Rio e começar a explorar as ruas de Copacabana. Como também é sabido, tenho um péssimo sentido de orientação geográfica (ou um óptimo sentido de desorientação. É escolher!), o que me leva a sítios engraçados mas que ficam efemeramente na memória, porque não consigo facilmente reter a localização. Num desses dias de "perdição" descobri as "feiras livres", de que já falei anteriormente. Já descobri igualmente outros espaços interessantes e, com o tempo, fui arranjando forma de não lhes perder o rasto.
Jaca, ainda não "amanhada"
(crédito da foto: ANFS).
Ora, cada vez que podia (e posso!), tentava trazer um produto novo para experimentar. Confesso que sou adepta de frutas e que foi nesse âmbito que fiz as primeiras experiências: fruta do conde, seriguela, jabuticaba, fruta de pão, goiaba, jaca, atemoya.
No caso dos legumes, comecei por achar estranho aquele produto que via a ser cozinhado numa panela improvisada feita com cocos verdes: era aipim! Antes de ser frito, tem de ser cozinhado. Em Portugal nós também vemos o aipim à venda, só que este é maioritariamente conhecido por outro nome: mandioca. A primeira vez que comi aipim fiquei imediatamente fã (frito, a acompanhar arroz, feijão e picanha).

Mandioquinha ou batata barôa
(crédito da foto: internet).
A par do aipim, a mandioquinha ou batata baroa, como também é conhecida, é outro dos legumes de que gosto particularmente: trata-se de uma espécie de cenoura, mas de cor branca. Já comi em puré e salgadinhos e em ambos os casos gostei bastante.

Resumindo, ir às compras de frutas e legumes pode ser uma atividade bem interessante, sobretudo para quem, como eu, gosta de fazer experiências: pode sempre trazer-se uma unidade para experimentar e, caso não se goste, não se repete. É possível – e talvez mais fácil – fazer estas experiências nas idas aos supermercados!

Frequentemente Mr. Google dá a resposta às minhas perguntas: como é que isto se come?

quinta-feira, 23 de julho de 2015

CPF e suas utilizações.

O CPF é um número/documento fundamental para quem está no Brasil: dele dependemos para obter um cartão de telefone, registos nos supermercados (para obtenção de descontos), criação de contas bancárias, etc. Diria que é mais utilizado que o próprio RNE (identificação de estrangeiros no Brasil), pois é mais solicitado. Também é verdade que sem o dito RNE não é possível abrir uma conta bancária ou realizar outro tipo de operações mais "exigentes". Adiante.
Comparativamente, em Portugal tem-se o NIF. Aqui, CPF é o um banco de dados gerido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e que armazena informações de contribuintes obrigados à inscrição no CPF ou de cidadãos que se inscreveram voluntariamente.
Frente e verso do CPF
(crédito da foto: site do Ministério da Fazenda)

É muito simples obter um CPF. Recomendo que dêem uma vista de olhos no link que aqui deixo, pois as indicações estão todas lá. Já sabem: se vêm para o Brasil, por muito ou pouco tempo, tratem de fazer o CPF para poderem usufruir de algumas vantagens. Não é necessário andarem com o cartão de CPF sempre convosco (na verdade, não passa de uma fotocópia que depois é recomendável plastificar). O que é imprescindível é que tenham o número presente para quando for necessário.



segunda-feira, 20 de julho de 2015

Andar de transporte público no Rio de Janeiro: o metrô.

Já aqui falei do ônibus, mas também da minha preferência pelo metrô. Apesar de nem tudo ser perfeito, andar de metrô é muito cómodo, embora reconheça que não é um meio de transporte acessível a todos, quer por causa do valor que se paga, quer por causa da dimensão da linhas. Por um lado, a rede de metrô do Rio de Janeiro tem apenas duas linhas em funcionamento: a linha 1, que liga a estação de General Osório (Ipanema) à de Uruguai (Tijuca), a 2 liga a estação de Botafogo (Botafogo) à da Pavuna (Pavuna), a 3 - supõe-se que ligará Nitéroi a São Gonçalo (esta linha ainda não saiu do papel) e a 4 (em construção), que ligará a estação do Jardim Oceânico (Barra da Tijuca) à da Nossa Senhora da Paz (Ipanema). Ao fim-de-semana e feriados, todos os passageiros que desejem viajar para o sentido Pavuna deverão fazer transferência na estação Estácio. Se viajam da Pavuna para a zona sul também terão de fazer a transferência na estação Estácio.
Estação de metrô "Siqueira Campos"
(crédito da foto: ANFS).
No site da "Metrô Rio" há a possibilidade de cada passageiro planear antecipadamente a sua viagem. Contudo, se preferir, pode usar outros recursos como o Google Maps, o qie lhes permitirá avaliar outras opções de transporte complementar.
Para quem tem bicicleta - própria ou das "laranjinhas" do Itaú - ou prancha de surf, saiba que também as pode transportar no metrô, mas há algumas regras que devem conhecer.
O preço de cada bilhete de metrô é de 3,70 brl e cada pessoa pode fazer a recarga do seu cartão pré-pago nos equipamentos disponíveis e que normalmente não ficam muito distantes das bilheteiras. A par das duas linhas de metrô, que ligam a zona sul à zona norte e vice-versa, existem ainda 13 pontos de integração com o ônibus, de modo a que os passageiros possam chegar onde o metrô ainda não é disponibilizado. Existe ainda o metrô na superfície, embora neste caso apenas alguns bairros da zona sul estejam abrangidos.

Espero que tenha ajudado e que possam viajar e visitar o Rio de Janeiro de uma forma cómoda e prática!


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Fenómeno...

Seja Verão ou Inverno, a verdade é que as temperaturas no Rio de Janeiro são habitualmente agradáveis. Obviamente que há dias amenos e depois há os dias que podem ser de verdadeiro inferno. Aliás, quem esteve no Rio nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2015 sabe bem do que falo: várias vezes a sensação térmica ficou bem perto de 50º!
Bom, mas, independentemente das temperaturas oscilarem muito ou pouco, há detalhes aos quais não estava habituada. Não sabia, por exemplo, que os AC (ar condicionado) estão preparados apenas para o calor. No entanto, o que considero mais absurdo é o fato de em muitos locais (lojas, ônibus, metrô ou em muitos locais de trabalho) o AC estar definido para temperaturas absolutamente gélidas: estão a imaginar um calor dos diabos no exterior e entrarem num dos espaços mencionados e terem de vestir casaco? Ou ainda: passarem à frente de uma superfície comercial de rua e sentirem o "bafo gélido" que bem do interior? Ou ainda estarem no local de trabalho e terem de manterem vestido o casaco porque não se quer baixar o AC? Pois bem: acontece e muito frequentemente!

Por isso: considerem-se prevenidos :)

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cartões bancários internacionais.

Algo que me fez alguma confusão quando cheguei ao Rio, foi o fato de, sempre que ia pagar algo com cartão, me perguntarem: "débito ou crédito?". Na verdade, em Portugal, como sabemos, a pergunta até pode ser feita, mas certamente que não muitas vezes: os cartões de débito e de crédito são distintos entre si e as máquinas de pagamento também o são (por norma). Aqui o cartão de crédito e débito podem ter a mesma aparência (letras mais salientes nem sempre significam que o cartão é de crédito, como estaríamos habituados) e a máquina é a mesma: o operador tem apenas de fazer a seleção do tipo de pagamento referido pelo cliente.
Cuidado no uso dos cartões
(Crédito da foto: desconhecido).
A par desta pequena diferença, há uma outra com influência mais negativa no dia-a-dia de quem cá chega: na maior parte dos países europeus é possível efetuar levantamentos de dinheiro em qualquer caixa de multibanco (salvo raras excepções). No caso do Brasil - e apesar da diversidade de instituições bancárias existentes -, isso não acontece: às vezes é necessário percorrer várias agências para poder levantar dinheiro com cartões internacionais. Depois há ainda os limites de levantamentos diários: já consegui levantar 1200 BRL, mas nem sempre isso é possível em todas as caixas e muito menos de uma só vez. Pode acontecer ainda que alguns cartões não funcionem: MasterCard e AmericanExpress podem não ser aceites em todos os locais!
Outro assunto que considero crítico é a clonagem de cartões bancários internacionais (essencialmente): rara é a semana em que não oiço uma história de um estrangeiro (portugueses, franceses, espanhóis, entre outros) com o cartão de crédito ou de débito clonados. Muita atenção: há casos de clonagem que aconteceram inclusive em agências bancárias, durante um simples levantamento de dinheiro. Por isso, todo o cuidado é pouco!
A minha humilde recomendação é que se tenham pelo menos dois cartões de instituições bancárias distintas (mesmo que não sejam brasileiras!), que se faça a conferência regular dos extratos, que se conservem os recibos de compras e, em caso de deteção de fraude, que se alerte imediato a vossa instituição bancária - normalmente o dinheiro é devolvido sem problemas! No entanto, não deixem de seguir as recomendações dos especialistas.
Como conseguimos superar a saga de abrir uma conta num banco brasileiro, por norma aqui em casa efetuamos os pagamentos de compras com o cartão associado a essa conta. Apenas em casos muito esporádicos utilizamos os cartões estrangeiros: não apenas por causa do risco de clonagem, mas por causa da exorbitância das taxas cobradas! Ah, a propósito: se estiver como residente no Brasil, saiba que há instituições portuguesas com uma espécie de “conta emigrante” e que vos permitem utilizar os seus cartões, no Brasil, sem pagamento de qualquer taxa – quer de levantamento, quer de pagamento. Informem-se.

Espero ter sido útil com estas informações!

domingo, 12 de julho de 2015

Trilhas: aproveitando as maravilhas da paisagem carioca (e não só).

Se me dissessem que um dia incluiria nos meus hobbies, fazer trilhas (descobrir novos caminhos dentro e fora da cidade, explorar montanhas e/ou passar a noite no meio da mata), diria que alguém estaria a fazer um filme demasiado otimista. Primeiro porque apesar de gostar de Natureza, não tinha por hábito fazer abordagens mais aproximadas (you know what I mean), depois porque não fazia qualquer atividade física relevante. Bem, mas é por estas e por outras que o ditado "nunca digas nunca" passou a fazer outro sentido. A cidade e a a sua geografia sui generis permitem-nos aventuras, quer no meio do mato, quer no meio de monumentos e prédios.

Uma das indicações na trilha do Parque da Catacumba
(Crédito da foto: ANFS).
Quem chega ao Rio e por aqui fica algum tempo, sabe que facilmente é convocado para fazer explorações da Natureza. Uns preferem explorar a Natureza das praias, outros a Natureza verde e os caminhos que podem ser mais ou menos sinuosos, outros, a cidade em si. É verdade que não sou uma expert de trilhas (muito longe disso!), mas aconselho a quem cá chega que experimente. Há diversas e muitas delas com grau de dificuldade reduzido, o que será perfeito para quem tem uma vida mais sedentária ou que simplesmente não está para começar com um desafio ao estilo Hércules.

Não faltam grupos no facebook ou fora dele que organizam várias trilhas na cidade e fora dela: existe este, este ou este. Seguramente que muitos outros existirão. Acho positivas as recomendações e caraterização que se fazem dos percursos, de modo a que o "trilheiro" possa ter uma ideia daquilo com que poderá contar. Normalmente tenho optado por fazer as trilhas com amigos e sem guia, mas tenho a sorte de um ou outro já ter feito o percurso ou de serem trilhas pequenas.
Quanto a mim, tenho vindo a fazer intervalos entre a exploração citadina e da natureza verde, preparando-me para testar os dotes também em Portugal, embora com uma certeza: tenho mais subidas e descidas do que aqui!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Burle-Marx: diz-lhe alguma coisa?

Praça do Rossio, Lisboa, Portugal: calçada com traçado que simboliza o encontro do Rio Tejo com o Mar.

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil: calçada semelhante, mas a simbolizar as ondas do Mar ("Mar largo", nome atribuído pelo prefeito Paulo de Fontin), numa tentativa de homenagear os colonizadores Portugueses.

Calçadão de Ipanema e Leblon
(Crédito da foto: ANFS).
Calçadão de Copacabana
(Crédito da foto: ANFS).



















De fato, além da língua Portuguesa, há muitos elementos que unem Portugal e o Brasil. As famosas pedras portuguesas presentes em várias calçadas no Rio de Janeiro (e não só!), perfazem atualmente 1,218 milhões de metros. Apenas um calçadão repetiu o de Copacabana: o da Praia de São Conrado. Em Ipanema e Leblon, o desenho foi criado há cerca de cinco décadas. Nos praias da Zona Oeste (Barra da Tijuca, Recreio e Macumba), a ideia foi bem diferente: em vez de ondas ou formas geométricas, foi escolhido, no fim dos anos 1980, um traçado em forma de peixes.

No fim dos anos 1960, a Avenida Atlântica passou por uma última "revitalização". Roberto Burle Marx, filho de uma recifense e de um judeu alemão, foi chamado para modernizar a calçada, que triplicou de tamanho após a intervenção urbanística e foi redesenhada. Se antes o formato das ondas ficava perpendicular à praia, com a reforma ele passou a ficar paralelo.
A propósito da comemoração dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro e do reconhecimento da importância das pedras portuguesas na fisionomia arquitetónica da cidade, acontece a exposição "Tatuagens Urbanas e o Imaginário Carioca", de 12 de Junho a 1 de Agosto de 2015. O local da exposição é o Museu Histórico Nacional, na Praça Marechal Âncora, S/N - Centro (RJ). Para mais detalhes, aconselha-se à consulta do site do museu: www.museuhistoriconacional.com.br

E você: também pensava que os desenhos dos calçadões do Rio de Janeiro eram todos iguais?

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Um problema chamado cebola. Ou alho.

Uma ida ao supermercado pode ser um verdadeiro suplício. Sim: o inferno, não raras vezes. 
A nossa mente tem se preparar para ser levada pelo susto: ora é por causa dos preços que não param de subir, ora é porque as arcas estão descongeladas, ora é porque alguém resolveu incomodar-se por qualquer motivo e desatou a insultar o outro cliente na fila, ora é porque o produtos da arcas congeladoras estão descongelados e cheiram a podre (sim, conhecimento de causa falando!), ora é porque pegamos um produto que, à semelhança dos demais, já se encontra aberto, ora é porque as pessoas não têm a mínima noção de civismo e deixam as suas carnes congeladas junto às caixas de pagamento (escusado será dizer que a carne descongela até que seja novamente recolhida e vai novamente congelar!). Enfim, é certo que há locais onde chegamos ao cúmulo de encontrar estas situações todas ao mesmo tempo. Felizmente, também os há onde as coisas correm bem (não deveria correr sempre?): os funcionários estão constantemente a verificar se as frutas e os legumes estão em bom estado, se os há que não estejam, são retirados; os clientes são cumprimentados à chegada e à saída; há filas para clientes prioritários e estas são respeitadas; não há congelados (o que faz com que também não haja risco de encontrar produtos que foram congelados e depois descongelados); o cliente é ajudado a ensacar os seus produtos. Enfim, como em todo lado: nem tudo corre sempre bem, mas muitas vezes corre demasiado mal!
Ultimamente, porém, algo que tem causado imensa perturbação por estas bandas é o elevado preço da cebola e do alho, dois dos ingredientes mais presentes e indispensáveis na cozinha tradicional brasileira. É certo que, à semelhança do que acontece com a batata ou com o tomate, por exemplo, os preços dos produtos hortícolas oscilam muito de uma semana para a outra - numa semana estão a 6 reais, na seguinte podem estar a 4 ou a 3 ou encarecem na mesma proporção. Portanto: nada de estranho. Mas, o que tem acontecido com a cebola e o alho é algo que realmente tem perturbado: cebola que não varia muito dos 9 reais e alho, bem, esse, é melhor verem com os vossos olhos. Poderíamos justificar "apenas" com a questão da época da safra, mas suponho que estas questões terão um significado bem mais delicado que esse!
Preços desta semana (não foram os mais caros que vi: noutro local, os mesmos produtos a 9,99 e 19,90 reais, respetivamente).
(Crédito da foto: site do supermercado Pão-de-Açúcar).

Convém relembrar um detalhe muito importante: o salário mínimo é de cerca de 800 reais (bem menos de 300 euros!!!). Vale a pena dizer algo mais? Continuo a ser uma pessoa com fé na Humanidade, mas às vezes fica meio difícil!

domingo, 5 de julho de 2015

Momento de exploração: Biblioteca Nacional.

O prometido é devido e por isso cá vai o meu pequeno contributo sobre um dos locais que visitei e de que gostei bastante.
Andava a adiar a visita há largos meses. No entanto, um dia e a pretexto de tratar de outro assunto no centro da cidade resolvi entrar para visitar a Biblioteca Nacional. Afinal, não é a toda a hora que podemos visitar uma "jovem" biblioteca com mais de 200 anos!
No exterior, os tapumes e as telas de proteção não enganam: as obras de requalificação do edifício mantêm-se - diria que desde que cá cheguei que os vejo por lá. Contudo, não quero ser injusta e prefiro dizer que não procurei saber há quantos meses (anos?) o edifício se encontra em obras.
Sejam bem-vindos ao magnífico edifício da Biblioteca Nacional do RJ
(Crédito da foto: ANFS).
A parte interior do edifício é verdadeiramente magnífica e imponente. Para que saibam, o espaço, considerado Património Mundial da Unesco, é considerado uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, e a maior da América Latina. Existem vários espaços reservados apenas a investigadores e/ou estudantes e onde é totalmente interdito tirar fotos (entrar em alguns destes é possível, mas apenas para ter uma ideia do que ali é feito). É igualmente possível subir até ao terceiro piso, mas não se pode passsar dali. No dia em que visitei o espaço, havia apenas uma exposição, no piso térreo. Todo o restante espaço visível apenas pode ser contemplado com os olhos e com a alma: que beleza!

Não esqueçam de levar identificação e o passaporte "Museus cariocas", caso possuam.

Endereço:  Av. Rio Branco, 219 | Centro | 20040-008 Rio de Janeiro - RJ
Horário de funcionamento: 2.ªfeira a 6.ªfeira, das 9h às 17h; sábados, das 10h30 às 14h.
Telefone: +55 (21) 2220-9484
Website: www.bn.br

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Às vezes dá-se o caso de correr bem!

Quem tem de lidar de forma pessoal e, sobretudo profissional, com assuntos que envolvam o Brasil, esteja ou não no país, já sabe que dificilmente se livra de dores de cabeça: ou são os documentos que se perdem, ou são as informações contraditórias que se prestam, ou são os incumprimentos de prazos, ou são os impostos absurdamente elevados, ou são as burocracias totalmente desfasadas da realidade, ou são os problemas de última hora. Enfim, não faltam elementos para provocar cabelos brancos ao mais calmo dos seres. Alguns dos problemas enumerados são sobejamente conhecidos e a minha opinião baseia-se sobretudo em fatos (vividos, na maioria dos casos!). Não vou sequer falar nas vezes em que, quando "tudo" corre mal, há quem não hesite em culpabilizar a herança portuguesa pelo sucedido. Enfim, dois anos de vida por estas bandas e se não nos habituamos, pelo menos criamos anti-corpos! 
Não sei se desagrava a situação, mas já várias vezes ouvi alguns Cariocas - e não só! - dizerem que a situação do Rio de Janeiro é peculiar e não tão visível noutras cidades. Não sei, há detalhes que me parecem mais do que meros regionalismos, conforme comprovam artigos como aquele que mencionei anteriormente.
Bem, no entanto também há alturas em que as coisas correm bem (devia ser sempre assim, mas acredito que nem no país mais "certinho" do Mundo isso acontecerá). Correm tão bem que há uma pergunta que não sai da cabeça: aconteceu mesmo?  Felizmente tenho alguns bons exemplos de assuntos que resolvi bem e com o apoio de pessoas competentes. Mais recentemente precisei de encontrar alguns livros que estavam esgotados quer em Portugal, quer (aparentemente) no Brasil. Depois de verificar em várias livrarias e depois de várias "negas" fui, já em modo desesperançado, a um local que pensava apenas existir em São Paulo. Lá, depois de expor o meu problema, proativamente disseram-me: "não temos o que procura no Estado do Rio, mas temos noutros Estados e podemos mandar vir para você". Sorri, respondi que sim, que aceitava e foram-me ditas as condições: pagamento antecipado do material e, se desejasse, ser-me-ia enviada uma sms ou um e-mail dentro de uma semana, altura em que a encomenda chegaria. Entretanto, o e-mail chegou e, confesso a minha desconfiança, lá fui à livraria com receio de problemas diversos. Pois bem, quem se enganou fui eu: tudo certo e sem qualquer erro! O nome deste local é: Livraria Cultura, no centro da cidade do Rio. Trata-se de um agradável edifício que resultou da revitalização do cinema Vitória. O espaço é muito agradável e vale a pena a visita, não apenas para conhecer as novidades relativas a livros, música, jogos e afins, mas também para tomar um café ou um lanche. A par disso, é ainda uma excelente oportunidade para visitar outros espaços no centro da cidade!
Livraria Cultura, no Centro do RJ.
(Crédito da foto: ANFS)

Para quem tiver curiosidade:

Endereço: Rua Senador Dantas, 45 | Centro - 20031-202 RJ
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 9h às 21h; feriados: das 13h às 19h; dia 9 de julho (revolução Constitucionalista): das 9h às 21h.
Telefone: +55 21 3916-2600
Site: www.livrariacultura.com.br

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Obrigada!

Menos de dois meses de existência e este blog regista visitas de países dos 5 continentes!
Muito obrigada a todos os que por aqui passam!