sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Feijoada.

Feijoada.
Brasil combina com uma série de coisas: samba, cerveja, caipirinha, praia, churrasco e... feijoada! No caso do Rio de Janeiro, a feijoada tem especial destaque às sextas e sábados, dias em que mais facilmente vê como destaque em promoções ou pratos do dia. Obviamente que também se pode comer feijoada nos outros dias, mas é normalmente naqueles dois que se pode abusar :)
A feijoada acompanha geralmente com rodelas de laranja, couve mineira, farofa, torresmos, arroz branco, feijão preto com carne seca, linguiça e outras (costela suína salgada e/ou defumada, barriga, língua, são apenas algumas das possibilidades). Em alguns locais também pode vir acompanhada de banana frita, aipim e batatas igualmente fritas. 
E para beber? Bem, cada um bebe o que quer, mas normalmente não falta a capirinha!
Bom fim-de-semana!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Natal carioca.

O Natal chega cedo no Rio de Janeiro: em Outubro já se vêem árvores de Natal bem recheadas de cor e luz em algumas lojas da cidade. Confesso que é um pouco estranho ver os enfeites de Natal ainda misturados com as vendas das vestimentas e acessórios de Halloween, mas sobrevive-se.
Para mim, Natal será sempre associado a frio - afinal, dizem que o Pai Natal vem lá da Lapónia, onde a neve e os ventos gelados não o deixam esquecer da época em que terá de viajar. Natal será também época de cor, luz e brilho, dentro e fora de casa. Nos vários condomínios da zona Sul do Rio, pelo menos, vemos árvores enfeitadas, bem como outros elementos que não nos deixam esquecer que estamos próximos do Natal. Contudo: e as ruas? Infelizmente não as vejo enfeitadas - ou, no caso das que o estão, nada têm de comparável com o que vemos em Portugal ou em cidades europeias, por exemplo. Recordo que em Santiago do Chile já vimos algumas ruas com o brilho das luzes de Natal, mas, no caso do Rio, confesso que nunca me dei muito conta disso ao longo destes quase 2 anos e meio. E tenho pena!
Os hábitos de Natal aqui também são muito diferentes dos nossos, em Portugal: há a tradicional venda de bacalhau e frutos secos, mas o mais parecido que se tem do bolo-rei são os famosos "panetone", fruto da tradição italiana. É igualmente comum que algumas empresas ofereçam aos seus funcionários uma "cesta" com vários produtos alimentícios, incluindo o referido "panetone" - que também vemos em Portugal, mas não associamos tanto ao Natal.
O "panetone" pode ter sempre diferente: frutos secos, doce de leite, pepitas de chocolate, etc.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Água.

Avizinha-se o Verão e com ele o intenso calor! Não é à toa que os cariocas apelidam os meses de Janeiro e Fevereiro de "Inferno": a sensação térmica facilmente ultrapassa os 40 e muitos graus. É por isso natural que aumente igualmente o consumo de bebidas, sejam elas alcoólicas ou não. No caso concreto da água, é bastante comum que se comprem galões ou garrafões de 20 litros de água - não apenas porque é mais prático porque o galão é substituído quando vazio, mas porque é muito mais barato do que consumir garrafas de 1,5litros (os garrafões de 5 ou mais litros não são facilmente encontrados). 
Galão de água convencional e suporte - normalmente, os mais básicos têm apenas uma torneira e não são eléctricos. 
Há quem utilize filtros de água, outros utilizam aparelhos eléctricos mais sofisticados e que refrigeram a água, porém há quem recorra aos mecanismos mais simples: suporte + galão de água. Por norma, compra-se o suporte (cerca de 20 reais) e vai-se encomendando a água à medida que o galão fica vazio (um galão de 20 litros custa, em média, 15 reais). O novo galão de água é normalmente trazido nos triciclos de que em tempos já aqui falei.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Comparações.

Foto retirada da Internet.
Há situações que não são comparáveis. No entanto, há uma em que penso regularmente e que me faz recuar aos tempos em que vivia na Bélgica: respeito pelos sinais do semáforo. Recordo o dia em que quase fui presa porque resolvi atravessar a passadeira com o sinal vermelho para peões - não via trânsito, por isso o fiz. Foi um "espectáculo" tão grande, envolvendo polícia, sirenes e sermão que durante anos não ousei cometer a gaffe em mais lado nenhum - Portugal incluído.
Ora, mas entretanto chego ao Brasil. E o respeito pelos semáforos não é igual em todos os locais. Por isso: muito cuidado, pois estar sinal vermelho para peões ou condutores não deve ser sinónimo de transgressão (ok, infelizmente voltei às transgressões de peão...).


sábado, 5 de dezembro de 2015

Se conduzir, esteja "sequinho"!

Lembro-me de grande aparato na rua: reboques, veículos da polícia, mini tenda montada, várias pessoas com o mesmo uniforme, policiais e gente em cadeiras de roda (cadeirantes). Vi este cenário inúmeras vezes - algumas delas, junto à porta de casa - e, na maioria delas, ao fim-de-semana. Trata-se da fiscalização "Lei Seca", instituída no Brasil em 2008, com o objectivo de reduzir o número de acidentes provocados por condutores embriagados. 
Um dos veículos que costuma estar presente nas acções da "Lei seca".
Saibam que a tolerância é zero e que, desde a sua criação, a iniciativa tem vindo a endurecer as formas de penalização dos condutores infractores: actualmente, o condutor que ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica e for submetido à fiscalização de trânsito está sujeito a multa no valor de R$ 1.915,40, e à suspensão do direito de conduzir por 12 meses. Em caso de reincidência o valor da multa será dobrado. O condutor que se recusar a fazer o teste poderá ser autuado se apresentar um conjunto de sinais que configurem a ingestão de bebida alcoólica - sonolência, vómito, odor de álcool no hálito, agressividade, arrogância, exaltação, ironia, dificuldade no equilíbrio, fala alterada, entre outros. Se o indivíduo fizer o teste e a concentração for maior do que 0,34 mg/L, também será considerado crime de trânsito e o agente o encaminhará à autoridade policial. No caso do crime, previsto no art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, o condutor é encaminhado à delegacia e a pena é detenção de seis meses a três anos, além da multa, e suspensão do direito de dirigir (fonte: http://portaldotransito.com.br).

Pessoalmente creio que esta é uma das medidas que realmente funciona por aqui: não há tentativa de suborno que funcione! Por isso: se conduzir, não beba! Se beber, peça um táxi!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

"Mãe" Vitória ou "pai" Cláudio.

Desde cedo que ouvia falar da ligação do Brasil ao mundo esotérico. Esoterismo ou religião, a verdade é que sou muito céptica - nem sempre isso me é favorável. Recordo que, em 2013, estava eu a atravessar uma passadeira e fui abordada por uma senhora que me perguntou se queria "botar búzios ou cartas?" Agradeci, mas disse que não. Confesso que me perguntei: "caramba, será que a senhora tem poder de adivinhação?" Preferi pensar que tinha sido apenas uma coincidência e não mais que isso.
Pequeno papel dado na rua.
Enfim, o tempo foi passando e rara é a vez em que não se encontra larga oferta de soluções milagreiras traduzidas em jogos de cartas, búzios, banhos e afins. Respeito. Tanto respeito que, por curiosidade, acedi a que uma "pseudo" entendida na matéria e minha conhecida me "jogasse as cartas". Nem vou alongar-me, porque já devia ter previsto o desfecho: arrependi-me mal passei a porta da saída!
A verdade é que é impossível ficarmos totalmente alienados desta realidade, quando esta espiritualidade (não sei se é o nome mais correcto!) está presente em todo o lado: nas lojas de vendas de artigos católicos vendem-se igualmente os acessórios para se fazerem "arranjos" e descarregos; nas ruas não faltam mensageiros de Felicidade garantida ou Amor duradouro; ou até, na televisão, não faltam as tristes notícias de mais um apedrejamento de simpatizantes de candomblé (para muitos, associado a feitiçarias).